Erasmo Carlos – Um Beijo é um Tiro

“Indicação” nº 34 do dia:

Um Beijo É Um Tiro

O beijo é como um tiro, miro e despido, é pedra que não
fere é um corte invisível até te acertar a tiro um
beijo a queima roupa.
O beijo é um suspiro, até me arrepio, ferve como
febre é leve como alívio até te encontrar a tiro um
beijo a queima roupa.

Sou fora da lei, abra agora a sua boca.
Uma nova lei, estou armado miro bem e eu atiro dez mil
tiros outra vez, e esses tiros entram fundo no seu
peito.
Te dou um beijo, te dou um tiro, porque o beijo é
como um tiro.
Te dou um beijo, te dou um tiro, porque o beijo é o
tiro que eu sei.

O beijo é como um tiro, miro e despido, é pedra que
não fere é um corte invisível até te acertar a tiro um
beijo a queima roupa.

O beijo é um suspiro, até me arrepio, ferve como febre
é leve como alívio até te encontrar a tiro um beijo a
queima roupa.( a queima roupa)

Sou fora da lei, abra agora a sua boca.
Uma nova lei, estou armado miro bem e eu atiro dez mil
tiros outra vez, e esses tiros entram fundo no seu
peito.
Te dou um beijo, te dou um tiro, porque o beijo é
como um tiro.
Te dou um beijo, te dou um tiro, porque o beijo é o
tiro que eu sei.

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Barão Vermelho – Estranho Exemplo

“Indicação” nº 21 do dia:

Estranho Exemplo

O vento é um desenho
Quando batem suas asas
A rocha e o seu silêncio
São milênios de palavras
A água está fervendo
Pra terminar evaporada
Nos trazem um estranho exemplo
Como faltar dentes a uma risada

O lenço na janela do apartamento
E o selo de um postal
O medo de ficar num engarrafamento
Longe do quintal
No espelho o reconhecimento
Como a foto no jornal
Nos trazem um estranho exemplo
Como o Brasil para Portugal

E talvez o vento vá batendo
Sobre a água sem palavras
Até a rocha evaporar

Lá em cima o céu
Aqui os pés no chão
A fé quer dizer que sim
Quem vai dizer que não